Por Camila Bomfim, GloboNews — Brasília


Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu investigação sobre possíveis irregularidades, incluindo desvio de função, na gestão de um fundo privado criado em 2019 para gerir multas e ressarcimentos ligados à operação Lava Jato.

O fundo chegou a receber cerca de R$ 2,66 bilhões correspondentes à maior parcela de uma multa aplicada à Petrobras por órgãos americanos.

A iniciativa foi criada e homologada a partir de um acordo entre a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná e a Petrobras. Mas em seguida, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a eficácia desse acordo.

Após meses de impasse, um novo acordo envolvendo União, Congresso e PGR foi homologado por Moraes, destinando os R$ 2,66 bilhões para o combate às queimadas na Amazônia e para a educação. Veja detalhes no vídeo abaixo:

Alexandre de Moraes valida acordo para a utilização dos recursos do fundo Petrobras

Alexandre de Moraes valida acordo para a utilização dos recursos do fundo Petrobras

O CNJ deve analisar todo esse processo, do acordo inicial entre MPF e Petrobras à aplicação efetiva dos recursos.

A GloboNews apurou que o procedimento do CNJ investiga, entre outros pontos:

  • a fase de constituição do fundo;
  • o montante exato depositado;
  • a situação atual desses recursos;
  • eventuais irregularidades na composição e na gestão do saldo.

Essa não é a única análise em andamento no Conselho Nacional de Justiça sobre os processos e decisões da Lava Jato.

Na última semana, o corregedor-geral de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a fiscalização de dois tribunais que atuaram na operação: a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, também sediado na capital paranaense.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!